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Aumenta 21,7% o número de compras de produtos usados em marketplaces

  • Foto do escritor: Giulia Requejo
    Giulia Requejo
  • 5 de nov. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de jan. de 2019


Jovens tem utilizado de redes sociais para anunciarem os itens




Giulia Requejo

Venda de produtos usados e em bom estado tem se tornado cada vez mais comum na vida dos brasileiros. Plataformas como o Mercado Livre, Enjoei e Elo7, faturaram 73,4 bilhões de reais em 2017, um aumento de 21,9% relacionado ao ano anterior, de acordo com um relatório publicado pela Ebit.


Seja para conseguir renda extra, tirar algo inutilizável de casa ou para promover um consumo sustentável, o maketplace é um modelo de negócio conhecido como um shopping center virtual, e tem atraído diversos tipos de consumidores.


O crescimento do mercado de e-commerce (comércio online) cresceu 7,5%, o que corresponde a 4,5 pontos percentuais a menos do que o esperado. Especialistas afirmam que o baixo crescimento se deve a elevação da procura de marketplaces.


O uso das redes sociais também têm estimulado o consumo sustentável e a venda de produtos online. Muitos jovens abriram contas no Instagram com nomes de “desapego”, para anunciar roupas, cosméticos, objetos e acessórios entre os ciclos de amigos. A estudante de jornalismo Giovanna Abbá, 21, afirma que costumava postar as peças em brechós no facebook, mas que o público diminuiu, então ela decidiu apostar na nova página. “Eu decidi criar o insta @desapegabba para ficar mais próxima das minhas amigas, porque dá para postar story [foto e vídeo ao vivo] das peças novas, além do post mesmo, e isso chama “mais atenção” das meninas e elas veem mais as peças. A maioria das seguidoras são amigas minhas que sempre compram.”


De acordo com o economista formado pela Universidade de São Paulo, Felipe Pretel, além de transformar um bem sem utilidade “imediata”, em liquidez financeira, o investimento nas lojas virtuais pode auxiliar no incremento da renda mensal. “ O benefício social certamente se eleva ao transacionar bens neste modelo proposto, pois tanto a parte vendedora, quanto a compradora, aumentam sua utilidade ao negociar. A primeira, se desfazendo de um produto em troca de uma liquidez imediata (dinheiro), e a segunda se beneficiando de um preço altamente competitivo e que dificilmente encontraria em situações normais no mercado comum”.


Há jovens que preferem investir em lojinhas especificas de algum segmento, como bolsas, sapatos ou estilos de roupas, como é o caso da estudante de medicina veterinária Júlia Zitti, 23, que decidiu vender apenas produtos country. “Eu já tinha visto outros tipos de contas de Instagram de desapegos e resolvi fazer o meu. Escolhi produtos Country pois são o meu estilo, é o que eu gosto

de vestir e são a maioria das minhas roupas”.


Um estudo realizado pela Hello entre os dias 03 e 08 de maio, aponta o perfil do consumidor online. A pesquisa mostra que os entrevistados entre 45 e 54 anos são os que mais compram nos sites que pesquisam, correspondendo a 71% dos participantes. Por outro lado, os jovens são os mais ativos nas redes sociais, 67% deles compram, curtem, compartilham e seguem as marcas em todas as mídias.


A empreendedora Tamires Lage, 27, afirma que começou com um bazar de garagem com quatro amigas, mas muitas peças sobravam, então elas decidiram criar a conta para anunciar e vender para quem não conseguia comparecer no evento. “Começamos em 2016 com eventos pontuais, na garagem. A ideia era desapegar de roupas boas, casuais e de festa, que foram usadas uma vez, de marca e que custaram um pouco mais, que só estava ocupando espaço no armário. Juntas, a ideia era renovar o armário, acabamos trocando entre nós bastante coisa também. Como não vendia tudo, fizemos o instagram para aquelas peças que não eram vendidas de imediato, e foi começando de forma natural.”


O economista Felipe Pretel chama a atenção para cuidados que tanto os vendedores, como os consumidores devem ter. “O comprador tem que estar atento sobretudo pela avaliação passada do vendedor. Ele deve desconfiar de preços altos demais e principalmente os baixos demais. Sempre prefira um vendedor com ótima reputação a um vendedor com preços baixos demais. O cuidado que o vendedor deve ter é sempre saber identificar com clareza os seus compradores, seja avaliando seu histórico como comprador (através de avaliações e comentários) como da idoneidade do indivíduo. Existem pessoas, como em qualquer plataforma de venda, com más intenções tanto para compra como para venda”, Felipe ainda complementa “todo o cuidado é pouco neste meio virtual”.



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