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Autismo atinge dois milhões de brasileiros

  • Foto do escritor: Giulia Requejo
    Giulia Requejo
  • 2 de mai. de 2018
  • 2 min de leitura

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma em cada 68 pessoas no mundo, possui autismo

Giulia Requejo


O espectro autista, conhecido popularmente como autismo, atinge 1% da população mundial, o que corresponde à 1 a cada 68 indivíduos. No Brasil, estima-se que dois milhões de pessoas têm a doença, sendo 4,5 vezes mais presentes em homens. Os dados são da Organização Mundial da Saúde.

O autismo possuí três níveis, sendo eles a Síndrome de Aspergir, o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento e o Transtorno Autista. Os sintomas mais leves são a obsessão por um único objeto e interesses por algum assunto específico. Já para os mais graves, déficits na comunicação e dificuldade na interação social são os aspectos mais aparentes.


De acordo com a psicóloga Luci Mara da Silva Lundin, o mês da conscientização do autismo é necessário para aumentar a aceitação. “Eu acho que tem que ter conscientização da sociedade porque há muitos graus de autismo, então tem variações muito grandes. O mês do autismo é bom para ampliar o conhecimento das pessoas, e com isso diminuir o preconceito".


Mesmo que uma grande parcela da população possua a doença, a falta de informação acarreta em preconceito, principalmente quando os comportamentos diferentes ocorrem na infância. Ana Claudia Margarido Sabe, 48, mãe de dois meninos que possuem a doença, afirma que presenciou muito o bullying com os filhos. “O preconceito é grande. Como o autista apresenta comportamentos sociais atípicos, e muitas vezes inadequados frente a uma aparência normal, muitas vezes essas crianças são consideradas birrentas, mal educadas, sobretudo na infância”.


Ainda de acordo com ela, na adolescência a situação se agrava. “Os comportamentos atípicos, os interesses por coisas estranhas, as estereotipias (movimentos repetitivos que fazem para aliviar a ansiedade, fala monótona e repetitiva, chamada ecolalia) acabam gerando bullying”.


A doença se mostra presente aos poucos. Aos dois meses, os bebês não sorriem e, aos oito, não respondem aos chamados dos pais. Durante o período escolar, os professores podem diagnosticar quando a criança não se comunica com as outras e possui alguma dificuldade aparente. Apesar de muitas vezes as diferenças serem explícitas, nem sempre o diagnóstico é fácil. “Na adolescência, a psicóloga que acompanhou um dos meus filhos suspeitou que ele também apresentava traços de autismo, devido a algumas características, como rigidez de comportamento e dificuldade de socialização com pessoas da idade dele”, afirmou Ana Claudia.


CINEMA


Buscando informar as pessoas, no dia 31 de maio o documentário “Em um Mundo Interior” estreia no cinema, dirigido pelos brasileiros Mariana Pamplona e Flávio Frederico. A obra terá duração de 1h15 e mostrará a realidade vista por autistas.


O tema autismo também já foi abordado pelo cinema de Hollywood. Um dos filmes mais premiado sobre o assunto, Rain Man foi lançado em 1988 e conta a história de Charlie Babbitt, um jovem que viaja a um hospital psiquiátrico para descobrir quem herdou a herança de seu pai. No local, Charlie conhece seu irmão Raymond e, disposto a não perder toda a fortuna, luta para conseguir sua guarda.


Veja no site: http://www.metodista.br/rronline/noticias/saude/2018/autismo-atinge-dois-milhoes-de-brasileiros

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